domingo, 30 de outubro de 2011

Tão certo

Era uma petúnia e estava cansada. Era uma rosa e não tinha volumes. Era um cravo e jazia desboto. Era uma orquídea e permanecia virgem. Era uma tulipa e se mantinha aberta. Era uma Hortência e tampouco se alegrava. Era uma margarida e se sentia apática. Era um crisântemo e ficou feliz. Era um jasmim e não tinha leite. Era um girassol e não movia brilho. Era uma flor e, certamente, não viveu as mais lindas efemeridades. Tão certo quanto os espinhos andaram por lhe ferir.

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