quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pelos balaios, capoeirais, seus vasos...


No estreito movimento das bases vai se formando a revolução do dever de mudar. As escolhas são minhas. Os pesares são seus. A dor é do tamanho que eu quiser que ela seja. Provo de outras culturas. Me afundo em outras bocas. Visito novos jardins, por que a ditadura que eu me impus precisava continuar. Até que eu dissesse basta. E assim o fiz. Déspota de mim, descubro o que é verdadeiro. Pena que tudo é só uma questão de ponto de vista. Sigo visualizando por prazeres de instantes, por loucuras cronometradas, por instâncias que condenei.

O ócio fica chamando. Curti-lo–ei na sufocada perda de tempos. Assim, instantes. Tão pequeninos. Como aquele sonho que um dia eu pude sonhar. Antes não tivesse explodido. Pelo menos não tão forte. Viajaria e salvar-te-ia, pois era emoção, porvir, ternuras. Por ti deixaria o seio, o ventre, meu sustentar. Des... Nem adiantaria. Seriam muitos por esse sufixo suplícioso. Naquela barca que assistimos juntos. Do pesadelo que anunciara. Não podia ter compreendido. Freud não me iluminou. Agora que a liberdade me banha e que o que é errado se envolve em mim, passeio alegre. Sigo voando, sem precisão, por motivos óbvios, em estrofes de passado, compenetrando um chronos que eu não podia gastar. Apagão. As festas lúcidas. Porque a embriaguez nada mais é senão a face mais latente da lucidez. A lucidez na sobriedade é como a semente enrustida pela casca grossa da grande pouca ética, com películas de moralismo e uma haste, irrelevante diga-se, de valor forjado a ferro e fogo por essa sociedade gado. Basta querer plantar. Ode ao ébrio. Que se mostra por completo. Desequilibrar-se-irá pelas escadas. São os empurrões da insegurança. A moça triste se faz feliz. A flor desponta em amanhecer sem sapatos. Quer plantar-se pelo chão que foi seu naquele balaio de sambas. Se faz repleta. Mais uma vez.

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